terça-feira, 28 de agosto de 2012

Marketing Político na era Digital


Marketing Político na era Digital[1]

Jorge Bruno da Costa Ventura[2]


Resumo: Ao estudar a Comunicação Política on-line o presente trabalho tem como objectivo  contribuir para a compreensão da importância das novas ferramentas comunicacionais permitidas pela Internet e Web 2.0 no contexto da comunicação e do Marketing Político. A metodologia utilizada começa por efectuar uma abordagem dos principais acontecimentos na História da Internet e do impacto que este medium tem junto das sociedades. Conclui-se que as ferramentas proporcionadas aos responsáveis pela Comunicação Política apresentam características várias e assumem um espaço capaz de chegar a novos públicos, tal como prova o estudo realizado pela The Internet's Role in Campaign 2008 - Pew Internet e Election 2006 Online - Pew Internet nas últimas eleições norte americanas.
Palavras-chave: Comunicação Política; Marketing Político; Internet


Abstract: By studying Political Communication Online this paper aims to contribute to understanding the importance of new communication tools enabled by the Internet and Web 2.0 in the context of communication and Political Marketing. The methodology begins by making an approach to the main events in the history of the Internet and the impact this medium has with the company. It is concluded that the tools provided to those responsible for communication policy have different characteristics and assume a space capable of reaching new audiences, as evidenced by the study conducted by The Internet's Role in Campaign 2008 - Pew Internet and Election 2006 Online - Pew Internet in North American last elections.
Keywords: Political Communication, Political Marketing, Internet












Introdução
Em ambientes eleitorais a Comunicação Política, que anteriormente era feita através do megafone e dos comícios improvisados em cima de um estrado, tem muita da sua função nos media e na organização de grandes eventos capazes de transmitir uma dinâmica de vitória[3]. A Internet, como novo medium, e as ferramenta da Web 2.0 têm um espaço cada vez mais característico e importante. Manuel Castells refere mesmo que “os sistemas tecnológicos produzem-se socialmente e a produção social é determinada pela cultura. A Internet não constitui uma excepção a esta regra. A cultura dos produtores de Internet deu forma a este meio”[4] (2007: p.55). Barak Obama, nas eleições americanas de 2008, abriu as portas para que a Internet e outras recentes tecnologias mostrassem o seu impacto em contexto de campanha eleitoral com a promoção do relacionamento social ao “ter feito uso de todas as tecnologias colaborativas da actualidade – blogues, fóruns de discussão, vídeos difundidos pela Internet, mensagens escritas e redes de telemóveis – para comunicar com os seus potenciais eleitores” (Libert e Faulk, 2009: p.21). MyOb, a rede social criada pela campanha de Obama, atingiu números recorde e permitiu alcançar um conjunto da população Norte Americana que estava, até então, divorciada da política, mas com uma acção e utilização em massa de Internet o que veio confirmar as palavras de Jennifer Lees – Marshment ao afirmar que a Internet tem o “potencial de atingir novos mercados, particularmente os jovens, que muitas vezes são alienados pelas formas tradicionais de comportamento político e de comunicação, mas são os primeiros usuários da Internet e das ferramentas digitais” (2009: p.170). Na necessidade que o ‘homem político’ tem em comunicar, é essencial a sua atenção aos novos media, em particular, à Internet. A sua irrupção na Comunicação Política começou “em meados da década de 90 e originou uma verdadeira revolução cujas consequências, que começam a vislumbrar-se agora, se manifestarão com maior impacto nos próximos anos” (Canel: 2006: p.74). A riqueza da Internet permite vários tipos de conteúdos, texto, vídeo, áudio, fotos e para isso muito contribuiu o protocolo TCP-IP[5] “concebido segundo o princípio arquitectónico de transmissão end-to-end, o que significa que esse protocolo é indiferente, neutral, “cego” em relação ao conteúdo que ele transporta.” (Rosa, 2003: p.42)

            Um novo “medium” na Comunicação Politica -  A Internet

Com a difusão da Internet iniciou-se nos anos 90 aquilo que consideramos ser uma revolução na vida quotidiana das sociedades pelo facto deste media ter dado “origem a todo um novo mundo por descobrir, corporizando inúmeras oportunidades, mas também múltiplas dificuldades” (Dionísio et al, 2009: p.32). Este novo medium é um dos símbolos máximos da identificação de uma sociedade (a de hoje) que assenta os seus pilares no que Manuel Catells designa como informacionalismo e que descreve como o momento em que “as actividades decisivas da praxis humana se baseiam em tecnologia de informação e centrada no processamento de informação” (2007: p.1). A Internet revolucionou o quotidiano, abriu espaço para uma nova era, possibilitou novas formas de comunicação e permitiu a criação de um espaço para além da realidade, com a noção de virtualidade, que tem como símbolo máximo o Second Life.
Esta dicotomia entre o real e virtual, talvez tenha sido a origem da apropriação por parte da Internet de termos que até então eram sinónimo de movimento, como navegar ou viajar na net, “um exemplo muito claro dessa realidade é a associação com o mar. A Internet remete para o seu utilizador essas analogias, a partir de programas como o Netscape Navigator (o Navegador) até à apropriação pela cultura anglo-saxónica de expressão surfar para definir a experiência de exploração da World Wide Web. Desde o navegar das culturas mais mediterrânicas até ao Internet Explorer da Microsoft (o Explorador) há a referência ao Mar enquanto o espaço do desconhecido, de reserva da imaginação de espaço de exploração” (Cardoso, 2006: p.68). Hoje é possível visitar museus em qualquer parte do mundo, receber e enviar conteúdos de forma quase instantânea.  Os fluxos comunicacionais nunca foram tão rápidos, permitindo de forma breve a análise de informação, maximizando a produção através de uma organização em rede com recurso às tecnologias da informação “que está a transformar a prática empresarial na sua relação com os fornecedores e os clientes, na sua gestão, no seu processo de produção, na sua cooperação com outras empresas, no seu financiamento e na valorização das acções nos mercados financeiros. O uso apropriado da Internet converteu-se numa fonte fundamental de produtividade e competitividade para todo o tipo de empresas” (Castells, 2007: p.87).
A primeira rede informática foi criada em 1950, nos Estados Unidos, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), “chamava-se Semi Automatic Ground Environement (SAGE) e tinha como destino o serviço de defesa aérea norte-americano” (Junqueira, 2002: p.83). Com o SAGE apareceram os modems com débitos de 300 bpx, disponibilizados pela primeira vez em 1962 pela empresa AT&T, e menos de quarenta anos depois, surgiam os de débitos de 56 kpbs. Os modems popularizaram-se na década de 80 e o seu auge aconteceu a partir da década de 90 por causa da Word Wide Web.
Nascida em 1969, a ARPANET, rede precursora da Internet, viabilizava a transmissão de dados com a utilização de pacotes e ligava as principais instituições académicas norte americanas e europeias. Criada pela Divisão de Técnicas de Processamento de Informação da ARPA,  uma agência do governo norte americano para gerir fundos vindos do mundo universitário e dedicados à investigação, “a construção da ARPANET justificou-se como um meio de repartir o tempo de trabalho online dos computadores entre os vários centros de informática interactiva e grupos de investigação da agência” (Castells, 2007, p.26), para além disso a ARPANET, enquadrava-se também num contexto de necessidades de avanços tecnológicos de resposta ao que estava a ser feito pela União Soviética, que uns anos antes lançara o seu primeiro satélite, o  SPUTNICK[6]. A tecnologia seguida foi criada por Paul Baran e Donald Davies, o packet-switching[7], “o desenho de uma rede de comunicações flexível e descentralizada era uma proposta da Rand Corporation ao departamento de defesa para construir um sistema de comunicações militares, capaz de sobreviver a um ataque militar – no entanto e na realidade, este não foi nunca o verdadeiro objectivo por detrás da criação da ARPANET. O IPTO utilizou esta tecnologia de packet-switching no desenho da ARPANET” (Castells, 2007: p.26). Os primeiros nós[8] desta rede estavam na Universidade de Califórnia (Los Angeles e Santa Barbara), no Stanford Reseach Institute e na Universidade Utah. A primeira demonstração aconteceu em Washington, durante um congresso mundial e depois deu-se a ligação a outras redes como a PRNET e a SATNET, foi a introdução de “um novo conceito: a rede de redes” (Castells, 2007: p.27)
Mas havia a necessidade de colocar estas redes a falar entre si, eram necessários protocolos estandardizados. Depois da ARPANET, a ARPA, em 1973, iniciou um programa para a investigação de técnicas e tecnologias de interligação de redes de transmissão de pacotes de dados de diversos géneros – o Interneting Project. A ideia era a criação de protocolos de comunicação para a comunicação em rede entre computadores: “Foi o sistema de redes daqui resultante que ficou apelidado de Internet, e o sistema de protocolos desenvolvido ao longo desta investigação, de TCP/IP[9]”(Junqueira, 2002: p.117).
O TCP/IP tem maleabilidade, corre em qualquer rede, ”não pressupõe nada acerca da arquitectura específica das diversas redes que ele progressivamente foi conectando” (Rosa, 2003: p.41). A descoberta deste protocolo foi marcante para o sucesso da Internet. O protocolo TCP/IP apresenta duas características fundamentais: i) comutação de pacotes – a mensagem é enviada através de uma rede IP e é dividida numa série de pacotes, contendo cada um deles uma porção de dados da mensagem e alguma informação sobre o destino e a origem, ii) cada pacote enviado, deve ser entregue no mesmo terminal de destino e pela ordem enviada, “no entanto, os circuitos pelos quais cada pacote segue são seleccionados individualmente, por distribuidores de tráfego, vulgo routers, durante a própria transmissão do pacote” (Junqueira, 2002: p.120). A tabela 01 apresenta as principais vantagens do protocolo TCP/IP.

Tabela 01 - Vantagens do protocolo TCP-IP.
Fonte – Junqueira, 2002
PROTOCOLO TCP-IP
Base de transmissão multimodal única, que permite que diferentes serviços (áudio, dados, etc.) sejam transportados através de uma mesma infra-estrutura de rede.
É um protocolo de transporte e não um componente tecnológico, o que permite a sua utilização em todo o tipo de meios de transporte de informação, quer seja uma rede local, celular ou fixa.
Maior eficácia na utilização da capacidade de infra-estruturas  por ser um protocolo de comutação por pacotes.
Viabiliza uma gestão de rede menos dispendiosa e a transmissão de pacotes apenas pelas portas mais rentáveis.

Outras duas capacidades aplicadas à Internet, foram o uso da linguagem de hipertexto (HTML) – linguagem com que se escrevem as páginas da Word Wide Web, e o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP). Estas realidades trouxeram a capacidade do interface ser de fácil utilização.
Mas o que deu abrangência à Internet foi a Word Wide Web[10], uma aplicação para partilhar informação criada por Tim Berners-Lee que “definiu e elaborou o software que permitia tirar e introduzir informação de e em qualquer computador ligado através da Internet (HTTP, HTML e URL)” (Castells, 2007: p.32). Baseado no trabalho de Tim Berners-Lee, uma série de hackers criaram browsers[11] de navegação. O primeiro browser comercial foi o Netscape Navigator[12] (1994) e depois a Microsoft incorporou o seu primeiro browser no Windows 95, o Internet Explorer.
Desde o primeiro momento que a Internet se assumiu como um agregador da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações, “sobretudo através da sua massificação e consequente disponibilização progressiva de recursos, de que o comércio electrónico, os serviços interactivos e os conteúdos são bons exemplos” (Junqueira, 2002: p.85). Aqui as organizações de menor dimensão passam a entrar numa cena de dimensão planetária, “as empresas maximizam a sua produtividade, valor de mercado e lucros finais, organizando-se em redes, aplicando tecnologias de informação e criando produtos cada vez mais baseados no processamento de informação” (Castells, 2007a: p.2). O dia-a-dia é marcado pela Internet e pelas alterações que o nosso quotidiano sofreu, “os nossos sistemas de crenças e códigos historicamente produzidos são transformados de forma fundamental pelo novo sistema tecnológico e serão ainda mais com o passar do tempo” (Castells, 2007, p.433). Este advento trouxe um novo fôlego às Tecnologias da Informação, ao ganharem novos poderes e novas dinâmicas, “há quase duas décadas que as novas tecnologias beneficiam de uma publicidade em todos os quadrantes como nenhuma outra actividade social, política, desportiva ou cultural” (Wolton, 2000: p.75) As distâncias superaram-se, as geográficas não colocam hoje qualquer barreira, seja para uma transacção ou para uma mera conversa, as de tempo escoaram, são agora 365 dias, 24 horas por dia. A comodidade ganhou um novo estatuto, “com a Web, torne-se simultaneamente o maior jornal do mundo, a biblioteca que reúne maior número de obras, o hipermercado mais bem fornecido e o museu imaginário com o qual Malraux[13] nunca ousou sonhar” (Balle, 2003: p.52).
Os ideais de liberdade que nos anos 60 e 70 do século passado se formaram nas universidades norte-americanas, utilizaram as redes num contexto de procura de inovação tecnológica por puro prazer. A força da criação de um espaço que albergou as universidades com a investigação e os centros de estudos sobre defesa, fizeram com que a ciência encontrasse a investigação militar e se juntasse a uma cultura libertária. A Internet não teve a sua origem em projectos industriais ou comerciais, “era uma tecnologia demasiado ousada, um projecto demasiado caro e uma iniciativa demasiado arriscada para ser assumida por uma empresa privada” (Castells, 2007: p.39-40). Era um projecto demasiado arriscado ou arrojado para cativar as empresas, soava a ficção científica e a grandes investimentos, características pouco próprias de uma postura empresarial extremamente conservadora[14].
Devemos também fazer uma referência ao facto dos desenvolvimentos que aconteceram e que impulsionaram a Internet, não terem estado abrangidos por qualquer tipo de segredo militar como aconteceu na União Soviética. Se assim acontecesse os avanços não teriam tido capacidades tão fundamentais, como vieram a ter, tendo em conta as características de liberdade que motivaram e originaram grandes avanços (Castells: 2007)
Ainda é cedo para perceber onde esta revolução nos conduz. Afinal de contas, falamos uma revolução que começou há pouco tempo e que abre portas para possibilidades impensáveis há poucos anos atrás, como por exemplo as experiências que a Google está a levar a cabo com carros que andam de um ponto A para um ponto B sem qualquer tipo de intervenção humana. Nenhum outro medium conseguiu penetrar de uma forma tão rápida no quotidiano das pessoas.  É uma rede massificada com mais de um bilião de utilizadores como mostra a tabela 02 com dados retirados do livro B-mercator e que tem como fonte o sítio www.internetworldstats.com.
Tabela 02 - Estatística sobre o uso de Internet em relação à população mundial.
Fonte: B-mercator e www.internetworldstats.com
Região
Habitantes (ano 2008)
Contribuição para a população mundial (%)
Nº de utilizadores de internet
Taxa de penetração (%)
África
955 206 348
14,3
51 022 400
5,3
Ásia
3 776 181 949
56,6
529 701 704
14
Europa
800 401 065
12
382 005 271
47,7
Médio Oriente
197 090 443
3
41 939 200
21,3
América do norte
337 167 248
5,1
246 402 574
73,1
América Latina
576 091 673
8,6
137 300 309
23,8
Oceânia/Austrália
33 981 562
0,5
19 353 462
57
Total
6 676 120 288
100
1 407 724 920
21,2

Mas os números relacionados com a Internet não param de nos mostrar a sua força e presença global. De acordo com o site www.internetworldstats.com, em todo o mundo existem mais 500 milhões de websites, mais de 70 milhões de blogs e mais de 180 milhões de emails por dia. São mais de 2 milhões de mensagens por segundo. Dados impactantes!

A Internet na Comunicação Política
Vamos agora centrar a nossa atenção na Comunicação Política através da Internet. Também aqui a Internet teve um forte desenvolvimento e os números que a seguir apresentamos são a prova disso. Depois de uma primeira fase confinada aos contextos militar e académico, os anos 90 trouxeram a massificação da Internet. Também foi por esta altura que a Internet passou a ser usada enquanto medium na actividade da Comunicação Política. As eleições norte americanas de 1996 foi o momento de partida, a “campanha marcou o início do uso político da Internet e foi então que os partidos políticos de outras democracias ocidentais (como no caso espanhol) começaram a criar os seus próprios sítios na Internet” (Canel, 2006: 75). A tabela 03 descreve algumas das vantagens que a Internet tem para a Comunicação Política.
Tabela 03 - Algumas características da Comunicação Política através da Internet.
Fonte - Maria José Canel, 2006; Robert Atkinson e Andrew Leight, 2003
Algumas das características da  Comunicação Política através da Internet
Permite o acesso a informação de interesse e estabelecer contactos com cidadãos e organizações que partilhem o mesmo interesse. Possibilidade apropriar a informação aquilo que é desejo do receptor.
Capacidade de difundir a informação em tempo real e com transparência.
Capacidade de fomentar a interactividade com os eleitores.
Facilita o conhecimento dos eleitores (chats, inquéritos etc.) possibilitando uma melhor segmentação.
Potencia a comunicação horizontal.
Baixo custo.
Colocar os receptores em contacto com soluções e não apenas com os serviços capazes de oferecer a solução.
Capacidade de organizar a informação em acordo com as necessidades dos receptores.
Possibilidade de interacção.
Gera modelos de comunicação ponto-a-ponto.
Ausência de barreiras nacionais.

A utilização da Internet em acções relacionadas com o marketing (realização de estudos de mercado, venda de produtos, criação de canais de interacção com os vários segmentos, promoção, comunicação, etc.) é tão forte que originou a adopção de vários termos, cujo mais universal é Cybermarketing, que encontra na expressão Marketing Digital a tradução para português. Cyber é um prefixo que deriva de kybernete e que descreve hoje o conjunto de actividades possíveis com recurso à informática (Imber & Tofler: 2000,154)
A Internet quando aliada à publicidade tem possibilidade de encontrar vantagens, como por exemplo, combinar áudio/vídeo com novos modelos de  interacção e um espaço ilimitado de tempo. Vantagens que colocam a uso da Internet para a publicidade, em destaque em detrimento aos media tradicionais e com capacidade de chegar a muitos segmentos, “os estrategas de marketing viram que a Internet é um espaço muito adequado para a inserção de anúncios, que primeiro foram estáticos e meramente informativos, dirigidos a um público elitista e especialmente interessante pelo seu nível cultural e poder de consumo, mas a pouco e pouco chegou-se a novos segmentos e a todos os estratos sociais” (Saiz, 2007: p.216 e 217).
A Comunicação Política é mais um exemplo para provar o poder de penetração da Internet em tudo o que nos rodeia. Os números confirmam a regra. Ao longo dos últimos anos a Internet tem vindo a crescer como presença nos meios a usar na comunicação por parte de partidos e candidatos a eleições, bem como fonte de informação e de participação cívica para eleitores. De acordo com o estudo, The Internet’s Role in Campaign 2008[15], sobre as presidenciais norte americanas de 2008, realizado pela Pew Internet & American Life Project[16], 74% dos utilizadores norte americanos de Internet utilizaram-na como ferramenta de recolha de informação ou  participação no contexto das eleições. Estes 74%, reflectem mais de metade da população adulta norte-americana (55%) que, de acordo com o mesmo estudo, são considerados on line political users, pelo facto de terem usado a Internet para a recolha de notícias sobre os candidatos e/ou comunicarem com outros sobre política através da Internet e/ou enviarem e/ou receberem informações políticas relacionadas com a campanha eleitoral. O mesmo estudo, em comparação com outras eleições presidenciais norte americanas, mostra um aumento bastante significativo na percentagem de adultos que utilizaram a Internet para recolherem informação e notícias sobre os candidatos, que em 2008 foi de 44%, do total de norte americanos, e 60%, em relação a todos os utilizadores norte americanos de Internet, como mostra a tabela 04.
Tabela 04 - Percentagem do número de adultos norte americanos que utilizou a Internet para recolher notícias e informações sobre os candidatos nas últimas quarto eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Fonte – The Internet’s Role in Campaign 2008 – Pew Internet
Percentagem em relação a:
1996
2000
2004
2008
Total de adultos
4
18
29
44
Total de utilizadores de Internet
22
33
52
60

As audiências da Internet em relação à política estão em crescimento e não deve ser desprezada a influência que este medium tem junto de segmentos que os outros media, chamados de tradicionais, não conseguem. O gráfico seguinte indica os valores de audiência da Internet nos Estados Unidos em comparação com outros media e em relação ao contexto político. A Internet já ultrapassou as revistas e a rádio, e a perspectiva aponta para um crescimento capaz de superar os jornais como fonte para a recolha de informações sobre os candidatos e eleições.

Gráfico 01 - Audiências, em percentagem, dos vários media para a recolha de informações sobre os candidatos nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Fonte - The Internet's Role in Campaign 2008 - Pew Internet e Election 2006 Online - Pew Internet
As ferramentas
A utilização de um sítio na Internet é uma forma contínua de presença e um espaço de constante contacto. É necessário que exista uma preocupação com a sua actualização já que um sítio é um conjunto de páginas que poderão conter, de forma isolada ou em coabitação, textos, fotos, animações e áudio e permitem a “transmissão de mensagens aos potenciais eleitores e oferecem a possibilidade de interacção com eles” (Saiz, 2007: p.220). Cada página tem um único endereço e a sua informação está alojada num computador, chamado Servidor, que partilha a informação com os computadores periféricos da rede, quando solicitado o endereço de determinada página alojada nesse servidor a “lógica de funcionamento segue os sistemas operativos e aplicações actuais (utilização do rato, barras de botões , menus” (Sousa, 2009: p.191).  Os sítios de Internet têm sempre uma página principal, portal, e através do sistema de ligações/links (accionadas quando dada a ordem de execução) é permitida a passagem para outras páginas. Para além da necessidade de ser intuitiva, para que o internauta perceba qual a sua localização e facilmente consiga chegar ao local onde a informação que procura se encontra, a página de Internet, para além de esteticamente agradável, deve também de ter em conta a necessidade de percepção dos locais onde devem ser accionadas as ligações, isto é, os locais onde o internauta deve de dar uma ordem. No caso de uma página construída para umas eleições, Francisco Saiz (2007: p.220,221) considera ser essencial seguir uma ordem lógica que tem como ponto de partida a definição de como se pretende que seja a percepção da informação a ser transmitida, depois, deve ser criada uma arquitectura para a página, estabelecer uma lista de temas a comunicar, hierarquizar a informação para finalmente, depois de concluídas estas tarefas, solicitar que os responsáveis pela construção de páginas na Internet a possam conceber. Ao fazer uso desta ferramenta comunicacional, importa que esta tenha várias visitas e que quem o faz permaneça o maior espaço de tempo possível, já que isso indica que quem visita a página encontra a informação pretendida e que se sente bem no sítio.
Outra ferramenta são os banners, “uma das formas mais clássicas de publicidade em linha” (Scherer: 2009, p.25). São módulos de publicidade colocados nas páginas de Internet. Tendo em conta que os objectivos destes não é apenas o de serem vistos, já que permitem a ligação às  páginas promovidas, é o número de solicitações dessa ligação que dá uma das formas de avaliar a sua eficiência. Os banners, no objectivo de se tornarem cativantes, podem conter animações e sonorizações e devem estar inseridos em zonas apelativas da páginas para assim conseguirem chamar a atenção. A tecnologia disponível permite que os banners tenham interactividade e uma das mais recentes novidades é o sistema mouse-move-banner, “um novo formato de banner que persegue o rato nos seus movimentos“ (Saiz, 2007: p.224)
Uma das formas de comunicação mais usadas é o correio electrónico “que tem como objectivo o envio e organização de mensagens entre utilizadores” (Sousa, 2009: p.190). De uso extremamente económico, acarreta o problema da saturação que poderá ser ultrapassado através da subscrição, isto é, a criação de uma lista com verdadeiros interessados em receber a mensagem. Para cada caixa de correio existe um endereço capaz de receber e enviar mensagens que suportam texto e multimédia. A tabela 05 apresenta algumas das vantagens no uso deste sistema.

Tabela 05 - Vantagens no uso de correio electrónico.
Fonte - Francisco Saiz, 2007[17]
Vantagens do correio electrónico
Custos baixos quando comparados com o correio tradicional.
Permite um diálogo individualizado (one-to-one).
Permite adaptar o formato da comunicação ao modelo pretendido (carta, newsletter etc.).
É de fácil uso e sem necessidade de grandes gastos em criatividade.
Permite a monitorização dos resultados em tempo real.
Não há limite para a informação a passar (deve imperar no entanto algum bom senso pois pretende-se uma leitura agradável).
Sistema amigo do ambiente (ausência de papel).

A Web 2.0 abriu espaço para novas formas que não podem ser desprezadas nos dias de hoje. Falamos de ferramentas comunicacionais acessíveis pela Internet como as redes sociais e os blogs.
As redes sociais são espaços de comunicação em princípio potenciadores do diálogo, algumas são verdadeiros fenómenos de popularidade como o Myspace ou Facebook, “que criaram o sentimento de pertença e desenvolveram relações entre pessoas num ambiente on-line” (Sendien: 2009, p.149). Poderão estar segmentadas com maior ou menor precisão, de acordo com factores dos seus utilizadores como, por exemplo, a idade, a ocupação, gostos etc. 
Apesar de terem aparecido em finais dos anos 90, os blogs  que podem ser considerados “como uma alternativa à criação de sítios pessoais, em substituição da criação das tradicionais páginas de web” (Sousa, 2009: p.196) tiveram a sua  popularização a partir dos primeiros anos do século XXI e são hoje em dia “parte integrante da nova paisagem mediática” (Scherer: 2009, p.30). Grosso modo, um blog é um sítio “actualizado com frequência com nova informação, sobre um ou vários temas” (Dionísio & al, 2009: p.194) e capaz de proporcionar uma maior interactividade através das reacções ao que é inserido pelo autor. A sua arquitectura está preparada para que a última inserção colocada pelo autor seja a primeira a ser vista por quem visita o blog. Por serem bastante económicos, permitirem um bom nível de interactividade e tecnicamente serem fáceis de criar e manter, os blogs proliferam em várias áreas temáticas, “o blogue permite a todos publicar, sem que tenham necessariamente um editor ou a patente de gatekeeper” (Granieri, 2006: p.31), criando, em alguns casos, uma vasta área de influência e um espaço próprio ao qual se deu o nome blogosfera[18].

Conclusão
Os media assumem um papel de destaque não só enquanto elementos formadores de opinião pública ou de mediação na relação entre os cidadãos e os detentores de cargos políticos, mas acima de tudo, como elementos constituintes do próprio ambiente político. Os novos media abrem espaço para a uma nova lógica na Comunicação Política, onde os canais próprios do ‘homem político’ não são suficientes. A mecânica interna dos media origina e condiciona a actividade política numa constante adaptação e numa necessidade de percepção de novas lógicas para melhor tirar proveito da mediação que fazem.
O crescimento do uso da Internet e, mais tarde, as capacidades de interactividade trazidas pela Web 2.0, criaram uma maior pressão à necessidade de adaptação e à utilização da Internet enquanto medium promotor de novas capacidades de comunicação e agregador de novas audiências. Um dos elementos fundamentais para a Internet ser o que é hoje, foi o facto dos seus desenvolvimentos se terem verificado numa base de ambiente de liberdade, nunca abrangidos, como noutros casos, por segredos militares ou intuitos comerciais. Esse ambiente permitiu contributos vários para o desenvolvimentos da Internet e é um ponto basilar em muitos dos temas discutidos na órbita da Internet, como os direitos de autor e o recente caso Wikileaks.
Ao entrar com tanto impacto no quotidiano das sociedades, a Internet provocou alterações nucleares, que jamais poderão ser consideradas como passageiras. Na Comunicação Política, abriu espaço para chegar e cativar  novos segmentos, que de outra forma quase que era inatingíveis. O caso das eleições norte americanas que levaram Barak Obama à Casa Branca, são um exemplo da força deste novo medium e das capacidades comunicativas trazidas por este meio. Será errado pensar que foi apenas a estratégia de usar a Internet, criando uma rede social própria, e o aproveitamento máximo dos seus recursos, que levaram à vitória de Obama. Mas certo, porém, será dizer que houve um grande contributo da Internet para a vitória do primeiro homem de cor numas presidenciais norte americanas. Não só conseguiu chegar a novos segmentos, como possibilitou a captação de donativos e uma dinamização de apoiantes inimaginável até então. O que funcionou nos Estados Unidos com a campanha de Obama, pode não funcionar noutro países. A sociedade norte americana apresenta características muito próprias em contexto eleitoral.
As formas de estar presente na Internet são várias: sítios, banners, emails; redes sociais, blogs, etc. Em Portugal as eleições Legislativas de 2009 são um exemplo da presença em massa por parte das estruturas partidárias na Internet. Por moda ou verdadeira crença nas potencialidades da Internet, os principais partidos políticos criaram estratégias próprias para a presença online. Apesar dos investimentos e das potencialidade permitidas variarem de organização para organização, a verdade é que a presença foi forte e em alguns casos verificou-se a criação de páginas específicas para as eleições.
O verdadeiro impacto destas ferramentas em qualquer área ainda está por medir. No caso da Comunicação Política, o verdadeiro impacto só poderá ser avaliado quando a geração digital, não os actuais jovens eleitores que migraram de uma geração analógica para a digital, mas os que nasceram sobre a influência do mundo digital, forem maiores de idade e poderem exercer o voto. Nota-se um investimento por parte das organizações políticas nas novas tecnologias, mas será apenas uma moda ou o impacto justifica os meios?

Referências
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[1] Trabalho apresentado no GT de Comunicação e Política do VII Congresso SOPCOM, realizado de 15 a 17 de Dezembro de 2011.
[2] Jorge Bruno da Costa Ventura. Mestre em Ciências da Comunicação,  Marketing e Publicidade na especialidade em Marketing, Professor na Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Email: j28ventura@hotmail.com
[3] Consultar o artigo de James Stromback (2007) com o título Political Marketing and Professionalized Campaigning: A Conceptual Analysis no volume 6 do Journal of Political Marketing. Neste artigo o autor apresenta 3 lógicas que acompanharam a evolução do Marketing Político: uma primeira onde a comunicação estava alicerçada nos meios próprios das organizações, uma segunda lógica associada aos media e ao seu uso, e uma terceira lógica, a actual, baseada nos conceitos do Marketing.
[4] Manuel Castells no seu livro A Galáxia Internet – Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade (Fundação Calouste Gulbenkian, 2007) dedica o segundo capítulo à ‘cultura Internet’.
[5] TCP-IP são as iniciais de Transmission Control Protocol – Internet Protocol. Foi inventado em 1973 por Robert Kahn. Para um conhecimento mais aprofundado sobre as características do protocolo TCP-IP destacamos as seguintes edições: Douglas E. Comer, Internetworking with TCP/IP – Principles, Protocols and Architecture – 5ª ed. (Prentice Hall, 2005); Behrouz Forouzan, TCP/IP Protocol Suite (McGraw-Hill, 2003) e Thomas Maufer, IP Fundamentals (Prentice Hall, 1999).
[6] Na lingua russa ‘Sputnick’ significa ‘companheiro de viagem’, e foi com este nome que os soviéticos baptizaram a primeira série de satélites artificiais terrestres. O primeiro satélite a ser lançado foi o ‘Sputnick I’, no dia  04 de Outubro de 1957, que pesava 83,6kg’s e orbitou na terra durante três meses. O Segundo satélite a ser lançado, o ‘Sputnick II’ era bem mais pesado que o seu antecessor (508 Kg’s), foi lançado um mês mais tarde e transportou o primeiro ser vivo a estar em orbita, a cadela Laica.
[7] O Packet switching é um algoritmo de comunicação digital em rede que agrupa todos os dados transmitidos  - independentemente do conteúdo, tipo ou estrutura - em blocos de dimensões adequadas, chamados de pacotes.  Ao percorrer os network adapters, switches, routers, e nós da rede os pacotes são colocados em fila, sendo o tempo de transferência relativo com a carga de tráfego na rede. Remetemos para o livro de António Machuco Rosa, Internet – Uma história (Edições universitárias Lusófonas, 2003) o aprofundamento das questões relativas ao packet-switching.
[8] Em 1971 a Arpanet tinha 14 nós, e em 1975,  61 nós.
[10] Sistema de documentos de hipertexto interligados com acesso através da Internet. Com um navegador de Internet, pode-se visualizar as páginas web que podem conter texto, imagens, vídeos e multimédia e navegar entre eles através de hiperlinks
[11] É uma aplicação de software que permite a consulta e a navegação na Internet interagindo com textos, fotos, vídeos, jogos e outros conteúdos localizados numa sítio de Internet. Os mais utilizados são: Internet Explorer, da Microsoft; Firefox, da fundação Mozilla, Safari, da Apple e o Chrome, da Google.
[13] Alusão  ao escritor francês  André Malraux, que nasceu em Paris a 03 de Novembro de 1901 e faleceu em 1976. Para além de grande escritor, dedicado aos temas dos assuntos políticos e culturais, foi também um pensador marcante da época e participou activamente da resistência francesa durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial. Hanah Arendt num ensaio sobre as contribuições europeias contemporâneas para a filosofia política discute a obra de Malraux. Foi amigo pessoal de Charles De Gaulle. Os franceses prestaram homenagem à sua figura enterrando o seu corpo no Panteão de Paris, local destinado a personalidades notáveis da França.
[14] Na tentativa de  privatizar a Arpanet, Larry Roberts, Director do IPTO, ofereceu a hipótese, que a AT&T recusou devido à sua forte dependência para com o analógico, de ter a  responsabilidade operativa da rede. Antes disso os Serviços Gerais dos Correios dos Estados Unidos recusaram a proposta de criação de uma rede nacional de comunicações por computador, projecto que teria precedido a Arpanet.
[15] Os resultados são baseados nas conclusões do inquérito pós-eleitoral - uma pesquisa de acompanhamento diário sobre o uso dos americanos da Internet. Os resultados apresentados são baseado em dados de  entrevistas telefónicas em lares dos Estados Unidos realizadas pela Princeton Survey Research Associates International entre 20 de Novembro e 04 de Dezembro de 2008 numa amostra de 2,254 adultos, com mais de 18 anos de idade. Para os resultados com base na amostra total o índice de confiança é de 95%, sendo o erro de amostragem e outros efeitos aleatórios de mais ou menos 2,4%.
[16] Projecto totalmente independente da Pew Research Center que visa o estudo do impacto da Internet na sociedade.
[17] Em itálico surgem itens que foram acrescentados pelo autor.
[18] A expressão Blogoesfera entende todos os blogs como se de uma comunidade se tratasse. Usado pela primeira vez em 1999 por um publicista chamado Brad L. Graham, quem o popularizou, três anos depois, foi William Quick, responsável pelo blog Daily Pundit (http://dailypundit.com/) que originou que a expressão fosse adaptada por exemplo por programas americanos de grande audiência como o Morning Edition da National Public Rádio.

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