Marketing
Político na era Digital[1]
Resumo: Ao estudar a Comunicação Política on-line
o presente trabalho tem como objectivo
contribuir para a compreensão da importância das novas ferramentas
comunicacionais permitidas pela Internet e Web
2.0 no contexto da comunicação e do Marketing Político. A metodologia
utilizada começa por efectuar uma abordagem dos principais acontecimentos na
História da Internet e do impacto que este medium
tem junto das sociedades. Conclui-se que as ferramentas
proporcionadas aos responsáveis pela Comunicação Política apresentam
características várias e assumem um espaço capaz de chegar a novos públicos,
tal como prova o estudo realizado pela The
Internet's Role in Campaign 2008 - Pew Internet e Election 2006 Online - Pew
Internet nas últimas eleições norte americanas.
Palavras-chave: Comunicação Política;
Marketing Político; Internet
Abstract: By
studying Political Communication Online this paper aims to contribute to
understanding the importance of new communication tools enabled by the Internet
and Web 2.0 in the context of communication and Political Marketing. The
methodology begins by making an approach to the main events in the history of
the Internet and the impact this medium has with the company. It is concluded
that the tools provided to those responsible for communication policy have
different characteristics and assume a space capable of reaching new audiences,
as evidenced by the study conducted by The Internet's Role in Campaign 2008 - Pew
Internet and Election 2006 Online - Pew Internet in North American last
elections.
Keywords:
Political Communication, Political Marketing, Internet
Introdução
Em
ambientes eleitorais a Comunicação Política, que anteriormente era feita através
do megafone e dos comícios improvisados em cima de um estrado, tem muita da sua
função nos media e na organização de
grandes eventos capazes de transmitir uma dinâmica de vitória[3]. A Internet, como novo medium, e as ferramenta da Web 2.0 têm um espaço cada vez mais
característico e importante. Manuel Castells refere mesmo que “os sistemas
tecnológicos produzem-se socialmente e a produção social é determinada pela
cultura. A Internet não constitui uma excepção a esta regra. A cultura dos
produtores de Internet deu forma a este meio”[4] (2007: p.55). Barak Obama, nas eleições
americanas de 2008, abriu as portas para que a Internet e outras recentes
tecnologias mostrassem o seu impacto em contexto de campanha eleitoral com a
promoção do relacionamento social ao “ter feito uso de todas as tecnologias
colaborativas da actualidade – blogues, fóruns de discussão, vídeos difundidos
pela Internet, mensagens escritas e redes de telemóveis – para comunicar com os
seus potenciais eleitores” (Libert e Faulk, 2009: p.21). MyOb, a rede social criada pela campanha de Obama, atingiu números
recorde e permitiu alcançar um conjunto da população Norte Americana que
estava, até então, divorciada da política, mas com uma acção e utilização em
massa de Internet o que veio confirmar as palavras de Jennifer Lees – Marshment
ao afirmar que a Internet tem o “potencial de atingir
novos mercados, particularmente os jovens, que muitas vezes são alienados pelas
formas tradicionais de comportamento político e de comunicação, mas são os primeiros
usuários da Internet e das ferramentas digitais”
(2009: p.170). Na necessidade que o ‘homem
político’ tem em comunicar, é essencial a sua atenção aos novos media, em particular, à Internet. A sua
irrupção na Comunicação Política começou “em meados da década de 90 e originou
uma verdadeira revolução cujas consequências, que começam a vislumbrar-se
agora, se manifestarão com maior impacto nos próximos anos” (Canel: 2006: p.74). A riqueza da Internet permite vários tipos
de conteúdos, texto, vídeo, áudio, fotos e para isso muito contribuiu o
protocolo TCP-IP[5] “concebido segundo o princípio
arquitectónico de transmissão end-to-end,
o que significa que esse protocolo é indiferente,
neutral, “cego” em relação ao conteúdo que ele transporta.” (Rosa,
2003: p.42)
Um
novo “medium” na Comunicação Politica -
A Internet
Com
a difusão da Internet iniciou-se nos anos 90 aquilo que consideramos ser uma
revolução na vida quotidiana das sociedades pelo facto deste media ter dado “origem a todo um novo
mundo por descobrir, corporizando inúmeras oportunidades, mas também múltiplas
dificuldades” (Dionísio et al, 2009: p.32).
Este novo medium é um dos símbolos
máximos da identificação de uma sociedade (a de hoje) que assenta os seus
pilares no que Manuel Catells designa como informacionalismo
e que descreve como o momento em que “as actividades decisivas da praxis humana se baseiam em tecnologia
de informação e centrada no processamento de informação” (2007: p.1). A
Internet revolucionou o quotidiano, abriu espaço para uma nova era,
possibilitou novas formas de comunicação e permitiu a criação de um espaço para
além da realidade, com a noção de virtualidade, que tem como símbolo máximo o Second Life.
Esta dicotomia entre o real e virtual,
talvez tenha sido a origem da apropriação por parte da Internet de termos que
até então eram sinónimo de movimento,
como navegar ou viajar na net, “um
exemplo muito claro dessa realidade é a associação com o mar. A Internet remete
para o seu utilizador essas analogias, a partir de programas como o Netscape
Navigator (o Navegador) até à apropriação pela cultura anglo-saxónica de
expressão surfar para definir a
experiência de exploração da World Wide
Web. Desde o navegar das culturas
mais mediterrânicas até ao Internet Explorer da Microsoft (o Explorador) há a
referência ao Mar enquanto o espaço
do desconhecido, de reserva da imaginação de espaço de exploração” (Cardoso,
2006: p.68). Hoje é possível visitar museus em qualquer parte do mundo, receber
e enviar conteúdos de forma quase instantânea. Os fluxos comunicacionais nunca foram tão rápidos,
permitindo de forma breve a análise de informação, maximizando a produção
através de uma organização em rede com recurso às tecnologias da informação
“que está a transformar a prática empresarial na sua relação com os
fornecedores e os clientes, na sua gestão, no seu processo de produção, na sua
cooperação com outras empresas, no seu financiamento e na valorização das
acções nos mercados financeiros. O uso apropriado da Internet converteu-se numa
fonte fundamental de produtividade e competitividade para todo o tipo de
empresas” (Castells, 2007: p.87).
A
primeira rede informática foi criada em 1950, nos Estados Unidos, no Massachusetts Institute of Technology (MIT),
“chamava-se Semi Automatic Ground Environement (SAGE) e tinha como destino
o serviço de defesa aérea norte-americano”
(Junqueira, 2002: p.83). Com o SAGE apareceram os modems com débitos de 300 bpx, disponibilizados pela primeira vez
em 1962 pela empresa AT&T, e menos de quarenta anos depois, surgiam os de
débitos de 56 kpbs. Os modems popularizaram-se na década de 80 e o seu auge
aconteceu a partir da década de 90 por causa da Word Wide Web.
Nascida em 1969, a ARPANET, rede
precursora da Internet, viabilizava a transmissão de dados com a utilização de
pacotes e ligava as principais instituições académicas norte americanas e
europeias. Criada pela Divisão de Técnicas de Processamento de Informação da
ARPA, uma agência do governo norte
americano para gerir fundos vindos do mundo universitário e dedicados à
investigação, “a construção da ARPANET justificou-se como um meio de repartir o
tempo de trabalho online dos
computadores entre os vários centros de informática interactiva e grupos de
investigação da agência” (Castells, 2007, p.26), para além disso a ARPANET,
enquadrava-se também num contexto de necessidades de avanços tecnológicos de
resposta ao que estava a ser feito pela União Soviética, que uns anos antes
lançara o seu primeiro satélite, o
SPUTNICK[6]. A tecnologia seguida foi criada por Paul
Baran e Donald Davies, o packet-switching[7],
“o
desenho de uma rede de comunicações flexível e descentralizada era uma proposta
da Rand Corporation ao departamento de defesa para construir um sistema de
comunicações militares, capaz de sobreviver a um ataque militar – no entanto e
na realidade, este não foi nunca o verdadeiro objectivo por detrás da criação
da ARPANET. O IPTO utilizou esta tecnologia de packet-switching no desenho da ARPANET” (Castells, 2007: p.26). Os
primeiros nós[8] desta rede estavam na Universidade de
Califórnia (Los Angeles e Santa Barbara), no Stanford Reseach Institute e na
Universidade Utah. A primeira demonstração aconteceu em Washington, durante um
congresso mundial e depois deu-se a ligação a outras redes como a PRNET e a
SATNET, foi a introdução de “um novo conceito: a rede de redes” (Castells,
2007: p.27)
Mas havia a necessidade de colocar estas
redes a falar entre si, eram necessários protocolos estandardizados. Depois da
ARPANET, a ARPA, em 1973, iniciou um programa para a investigação de técnicas e
tecnologias de interligação de redes de transmissão de pacotes de dados de
diversos géneros – o Interneting Project.
A ideia era a criação de protocolos de comunicação para a comunicação em
rede entre computadores: “Foi o sistema de redes daqui resultante que ficou
apelidado de Internet, e o sistema de protocolos desenvolvido ao longo desta
investigação, de TCP/IP[9]”(Junqueira, 2002: p.117).
O TCP/IP tem maleabilidade, corre em
qualquer rede, ”não pressupõe nada acerca da arquitectura específica das
diversas redes que ele progressivamente foi conectando” (Rosa, 2003: p.41). A
descoberta deste protocolo foi marcante para o sucesso da Internet. O protocolo
TCP/IP apresenta duas características fundamentais: i) comutação de pacotes – a
mensagem é enviada através de uma rede IP e é dividida numa série de pacotes,
contendo cada um deles uma porção de dados da mensagem e alguma informação
sobre o destino e a origem, ii) cada pacote enviado, deve ser entregue no mesmo
terminal de destino e pela ordem enviada, “no entanto, os circuitos pelos quais
cada pacote segue são seleccionados individualmente, por distribuidores de
tráfego, vulgo routers, durante a
própria transmissão do pacote” (Junqueira, 2002: p.120). A tabela 01 apresenta
as principais vantagens do protocolo TCP/IP.
Tabela 01 - Vantagens do protocolo TCP-IP.
Fonte – Junqueira, 2002
PROTOCOLO TCP-IP
|
Base de transmissão multimodal única,
que permite que diferentes serviços (áudio, dados, etc.) sejam transportados
através de uma mesma infra-estrutura de rede.
|
É um protocolo de transporte e não um
componente tecnológico, o que permite a sua utilização em todo o tipo de
meios de transporte de informação, quer seja uma rede local, celular ou fixa.
|
Maior eficácia na utilização da capacidade
de infra-estruturas por ser um
protocolo de comutação por pacotes.
|
Viabiliza uma gestão de rede menos
dispendiosa e a transmissão de pacotes apenas pelas portas mais rentáveis.
|
Outras duas capacidades aplicadas à
Internet, foram o uso da linguagem de hipertexto (HTML) – linguagem com que se
escrevem as páginas da Word Wide Web,
e o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP). Estas realidades trouxeram
a capacidade do interface ser de fácil utilização.
Mas o que deu abrangência à Internet foi a
Word Wide Web[10], uma aplicação para partilhar informação
criada por Tim Berners-Lee que “definiu e elaborou o software que permitia tirar e introduzir informação de e em
qualquer computador ligado através da Internet (HTTP, HTML e URL)” (Castells,
2007: p.32). Baseado no trabalho de Tim Berners-Lee, uma série de hackers
criaram browsers[11] de navegação. O primeiro browser comercial foi o Netscape Navigator[12] (1994) e depois a Microsoft incorporou o seu primeiro browser no Windows 95, o Internet Explorer.
Desde o primeiro momento que a Internet se
assumiu como um agregador da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações,
“sobretudo através da sua massificação e consequente disponibilização
progressiva de recursos, de que o comércio electrónico, os serviços interactivos
e os conteúdos são bons exemplos” (Junqueira, 2002: p.85). Aqui as organizações
de menor dimensão passam a entrar numa cena de dimensão planetária, “as
empresas maximizam a sua produtividade, valor de mercado e lucros finais,
organizando-se em redes, aplicando tecnologias de informação e criando produtos
cada vez mais baseados no processamento de informação” (Castells, 2007a: p.2).
O dia-a-dia é marcado pela Internet e pelas alterações que o nosso quotidiano
sofreu, “os nossos sistemas de crenças e códigos historicamente produzidos são
transformados de forma fundamental pelo novo sistema tecnológico e serão ainda
mais com o passar do tempo” (Castells, 2007, p.433). Este advento trouxe um
novo fôlego às Tecnologias da Informação, ao ganharem novos poderes e novas
dinâmicas, “há quase duas décadas que as novas tecnologias beneficiam de uma
publicidade em todos os quadrantes como nenhuma outra actividade social, política,
desportiva ou cultural” (Wolton, 2000: p.75) As distâncias superaram-se, as
geográficas não colocam hoje qualquer barreira, seja para uma transacção ou
para uma mera conversa, as de tempo escoaram, são agora 365 dias, 24 horas por
dia. A comodidade ganhou um novo estatuto, “com a Web, torne-se simultaneamente
o maior jornal do mundo, a biblioteca que reúne maior número de obras, o
hipermercado mais bem fornecido e o museu imaginário com o qual Malraux[13] nunca ousou sonhar” (Balle, 2003: p.52).
Os ideais de liberdade que nos anos 60 e
70 do século passado se formaram nas universidades norte-americanas, utilizaram
as redes num contexto de procura de inovação tecnológica por puro prazer. A
força da criação de um espaço que albergou as universidades com a investigação
e os centros de estudos sobre defesa, fizeram com que a ciência encontrasse a
investigação militar e se juntasse a uma cultura libertária. A Internet não
teve a sua origem em projectos industriais ou comerciais, “era uma tecnologia
demasiado ousada, um projecto demasiado caro e uma iniciativa demasiado
arriscada para ser assumida por uma empresa privada” (Castells, 2007: p.39-40).
Era um projecto demasiado arriscado ou arrojado para cativar as empresas, soava
a ficção científica e a grandes investimentos, características pouco próprias
de uma postura empresarial extremamente conservadora[14].
Devemos também fazer uma referência ao
facto dos desenvolvimentos que aconteceram e que impulsionaram a Internet, não
terem estado abrangidos por qualquer tipo de segredo militar como aconteceu na
União Soviética. Se assim acontecesse os avanços não teriam tido capacidades
tão fundamentais, como vieram a ter, tendo em conta as características de
liberdade que motivaram e originaram grandes avanços (Castells: 2007)
Ainda
é cedo para perceber onde esta revolução nos conduz. Afinal de contas, falamos
uma revolução que começou há pouco tempo e que abre portas para possibilidades
impensáveis há poucos anos atrás, como por exemplo as experiências que a Google
está a levar a cabo com carros que andam de um ponto A para um ponto B sem
qualquer tipo de intervenção humana. Nenhum outro medium conseguiu penetrar de uma forma tão rápida no quotidiano das
pessoas. É uma rede massificada
com mais de um bilião de utilizadores como mostra a tabela 02 com dados
retirados do livro B-mercator e que tem como fonte o sítio www.internetworldstats.com.
Tabela 02 - Estatística sobre o uso de Internet em relação à população
mundial.
Fonte: B-mercator e www.internetworldstats.com
Região
|
Habitantes (ano 2008)
|
Contribuição para a população mundial (%)
|
Nº de utilizadores de internet
|
Taxa de penetração (%)
|
África
|
955 206 348
|
14,3
|
51 022 400
|
5,3
|
Ásia
|
3 776 181 949
|
56,6
|
529 701 704
|
14
|
Europa
|
800 401 065
|
12
|
382 005 271
|
47,7
|
Médio Oriente
|
197 090 443
|
3
|
41 939 200
|
21,3
|
América do norte
|
337 167 248
|
5,1
|
246 402 574
|
73,1
|
América Latina
|
576 091 673
|
8,6
|
137 300 309
|
23,8
|
Oceânia/Austrália
|
33 981 562
|
0,5
|
19 353 462
|
57
|
Total
|
6 676 120 288
|
100
|
1 407 724 920
|
21,2
|
Mas os números relacionados
com a Internet não param de nos mostrar a sua força e presença global. De
acordo com o site www.internetworldstats.com, em todo o mundo existem mais 500 milhões de websites, mais de 70 milhões de blogs
e mais de 180 milhões de emails por
dia. São mais de
2 milhões de mensagens por segundo. Dados impactantes!
A Internet na Comunicação Política
Vamos agora centrar a nossa atenção na
Comunicação Política através da Internet. Também aqui a Internet teve um forte
desenvolvimento e os números que a seguir apresentamos são a prova disso.
Depois de uma primeira fase confinada aos contextos militar e académico, os
anos 90 trouxeram a massificação da Internet. Também foi por esta altura que a
Internet passou a ser usada enquanto medium
na actividade da Comunicação Política. As eleições norte americanas de 1996 foi
o momento de partida, a “campanha marcou o início do uso político da Internet e
foi então que os partidos políticos de outras democracias ocidentais (como no
caso espanhol) começaram a criar os seus próprios sítios na Internet” (Canel,
2006: 75). A tabela 03 descreve algumas das vantagens que a Internet tem para a
Comunicação Política.
Tabela 03 - Algumas características da Comunicação Política através da
Internet.
Fonte - Maria José Canel, 2006; Robert Atkinson e Andrew Leight, 2003
Algumas das características
da Comunicação Política através
da Internet
|
Permite o acesso a informação de
interesse e estabelecer contactos com cidadãos e organizações que partilhem o
mesmo interesse. Possibilidade apropriar a informação aquilo que é desejo do
receptor.
|
Capacidade de difundir a informação em
tempo real e com transparência.
|
Capacidade de fomentar a interactividade
com os eleitores.
|
Facilita o conhecimento dos eleitores (chats, inquéritos etc.) possibilitando
uma melhor segmentação.
|
Potencia a comunicação horizontal.
|
Baixo custo.
|
Colocar os receptores em contacto com
soluções e não apenas com os serviços capazes de oferecer a solução.
|
Capacidade de organizar a informação em
acordo com as necessidades dos receptores.
|
Possibilidade de interacção.
|
Gera modelos de comunicação ponto-a-ponto.
|
Ausência de barreiras nacionais.
|
A
utilização da Internet em acções relacionadas com o marketing (realização de
estudos de mercado, venda de produtos, criação de canais de interacção com os
vários segmentos, promoção, comunicação, etc.) é tão forte que originou a
adopção de vários termos, cujo mais universal é Cybermarketing, que encontra na expressão Marketing Digital a tradução para português. Cyber é um prefixo que deriva de kybernete e que descreve hoje o conjunto de actividades possíveis
com recurso à informática (Imber & Tofler: 2000,154)
A
Internet quando aliada à publicidade tem possibilidade de encontrar vantagens,
como por exemplo, combinar áudio/vídeo com novos modelos de interacção e um espaço ilimitado de
tempo. Vantagens que colocam a uso da Internet para a publicidade, em destaque
em detrimento aos media tradicionais
e com capacidade de chegar a muitos segmentos, “os estrategas de marketing
viram que a Internet é um espaço muito adequado para a inserção de anúncios,
que primeiro foram estáticos e meramente informativos, dirigidos a um público
elitista e especialmente interessante pelo seu nível cultural e poder de
consumo, mas a pouco e pouco chegou-se a novos segmentos e a todos os estratos
sociais” (Saiz, 2007: p.216 e 217).
A
Comunicação Política é mais um exemplo para provar o poder de penetração da
Internet em tudo o que nos rodeia. Os números confirmam a regra. Ao longo dos
últimos anos a Internet tem vindo a crescer como presença nos meios a usar na
comunicação por parte de partidos e candidatos a eleições, bem como fonte de
informação e de participação cívica para eleitores. De acordo com o estudo, The Internet’s Role in Campaign 2008[15], sobre as presidenciais norte americanas
de 2008, realizado pela Pew Internet
& American Life Project[16], 74% dos utilizadores norte americanos de
Internet utilizaram-na como ferramenta de recolha de informação ou participação no contexto das eleições.
Estes 74%, reflectem mais de metade da população adulta norte-americana (55%)
que, de acordo com o mesmo estudo, são considerados on line political users, pelo facto de terem usado a Internet para
a recolha de notícias sobre os candidatos e/ou comunicarem com outros sobre
política através da Internet e/ou enviarem e/ou receberem informações políticas
relacionadas com a campanha eleitoral. O mesmo estudo, em comparação com outras
eleições presidenciais norte americanas, mostra um aumento bastante
significativo na percentagem de adultos que utilizaram a Internet para
recolherem informação e notícias sobre os candidatos, que em 2008 foi de 44%,
do total de norte americanos, e 60%, em relação a todos os utilizadores norte
americanos de Internet, como mostra a tabela 04.
Tabela 04 - Percentagem do número de adultos norte americanos que utilizou
a Internet para recolher notícias e informações sobre os candidatos nas últimas
quarto eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Fonte
– The Internet’s Role in Campaign 2008 –
Pew Internet
Percentagem em relação
a:
|
1996
|
2000
|
2004
|
2008
|
Total de adultos
|
4
|
18
|
29
|
44
|
Total de utilizadores de Internet
|
22
|
33
|
52
|
60
|
As
audiências da Internet em relação à política estão em crescimento e não deve
ser desprezada a influência que este medium
tem junto de segmentos que os outros media,
chamados de tradicionais, não conseguem. O gráfico seguinte indica os valores
de audiência da Internet nos Estados Unidos em comparação com outros media e em relação ao contexto político.
A Internet já ultrapassou as revistas e a rádio, e a perspectiva aponta para um
crescimento capaz de superar os jornais como fonte para a recolha de
informações sobre os candidatos e eleições.
Gráfico 01 - Audiências, em percentagem, dos vários media para a recolha de informações sobre os candidatos nas últimas
eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Fonte
- The Internet's Role in Campaign 2008 -
Pew Internet e Election 2006 Online - Pew Internet
As ferramentas
A utilização de um sítio na
Internet é uma forma contínua de presença e um espaço de constante contacto. É
necessário que exista uma preocupação com a sua actualização já que um sítio é
um conjunto de páginas que poderão conter, de forma isolada ou em coabitação,
textos, fotos, animações e áudio e permitem a “transmissão de mensagens aos
potenciais eleitores e oferecem a possibilidade de interacção com eles” (Saiz,
2007: p.220). Cada página tem um único endereço e a sua informação está alojada
num computador, chamado Servidor, que partilha a informação com os computadores
periféricos da rede, quando solicitado o endereço de determinada página alojada
nesse servidor a “lógica de funcionamento segue os sistemas operativos e
aplicações actuais (utilização do rato, barras de botões , menus” (Sousa, 2009:
p.191). Os sítios de Internet têm
sempre uma página principal, portal, e através do sistema de ligações/links
(accionadas quando dada a ordem de execução) é permitida a passagem para outras
páginas. Para além da necessidade de ser intuitiva, para que o internauta
perceba qual a sua localização e facilmente consiga chegar ao local onde a
informação que procura se encontra, a página de Internet, para além de
esteticamente agradável, deve também de ter em conta a necessidade de percepção
dos locais onde devem ser accionadas as ligações, isto é, os locais onde o
internauta deve de dar uma ordem. No caso de uma página construída para umas
eleições, Francisco Saiz (2007: p.220,221) considera ser essencial seguir uma
ordem lógica que tem como ponto de partida a definição de como se pretende que
seja a percepção da informação a ser transmitida, depois, deve ser criada uma
arquitectura para a página, estabelecer uma lista de temas a comunicar,
hierarquizar a informação para finalmente, depois de concluídas estas tarefas,
solicitar que os responsáveis pela construção de páginas na Internet a possam
conceber. Ao fazer uso desta ferramenta comunicacional, importa que esta tenha
várias visitas e que quem o faz permaneça o maior espaço de tempo possível, já
que isso indica que quem visita a página encontra a informação pretendida e que
se sente bem no sítio.
Outra ferramenta são os banners, “uma das formas mais clássicas
de publicidade em linha” (Scherer: 2009, p.25). São módulos de publicidade
colocados nas páginas de Internet. Tendo em conta que os objectivos destes não
é apenas o de serem vistos, já que permitem a ligação às páginas promovidas, é o número de
solicitações dessa ligação que dá uma das formas de avaliar a sua eficiência.
Os banners, no objectivo de se
tornarem cativantes, podem conter animações e sonorizações e devem estar
inseridos em zonas apelativas da páginas para assim conseguirem chamar a
atenção. A tecnologia disponível permite que os banners tenham interactividade e uma das mais recentes novidades é
o sistema mouse-move-banner, “um novo
formato de banner que persegue o rato
nos seus movimentos“ (Saiz, 2007: p.224)
Uma das formas de comunicação
mais usadas é o correio electrónico “que tem como objectivo o envio e organização
de mensagens entre utilizadores” (Sousa, 2009: p.190). De uso extremamente
económico, acarreta o problema da saturação que poderá ser ultrapassado através
da subscrição, isto é, a criação de uma lista com verdadeiros interessados em
receber a mensagem. Para cada caixa de correio existe um endereço capaz de
receber e enviar mensagens que suportam texto e multimédia. A tabela 05
apresenta algumas das vantagens no uso deste sistema.
Tabela 05 - Vantagens no uso de correio electrónico.
Fonte - Francisco Saiz, 2007[17]
Vantagens do correio electrónico
|
Custos baixos quando comparados com o
correio tradicional.
|
Permite um diálogo individualizado (one-to-one).
|
Permite adaptar o formato da comunicação
ao modelo pretendido (carta, newsletter
etc.).
|
É de fácil uso e sem necessidade de grandes gastos em criatividade.
|
Permite a monitorização dos resultados em tempo real.
|
Não há limite para a informação a passar
(deve imperar no entanto algum bom senso pois pretende-se uma leitura
agradável).
|
Sistema amigo do ambiente (ausência de papel).
|
A Web 2.0 abriu espaço para novas formas
que não podem ser desprezadas nos dias de hoje. Falamos de ferramentas
comunicacionais acessíveis pela Internet como as redes sociais e os blogs.
As redes
sociais são espaços de comunicação em princípio potenciadores do diálogo,
algumas são verdadeiros fenómenos de popularidade como o Myspace ou Facebook, “que
criaram o sentimento de pertença e desenvolveram relações entre pessoas num
ambiente on-line” (Sendien: 2009, p.149).
Poderão estar segmentadas com maior ou menor precisão, de acordo com factores
dos seus utilizadores como, por exemplo, a idade, a ocupação, gostos etc.
Apesar de
terem aparecido em finais dos anos 90, os blogs que podem ser considerados “como uma
alternativa à criação de sítios pessoais, em substituição da criação das
tradicionais páginas de web” (Sousa,
2009: p.196) tiveram a sua
popularização a partir dos primeiros anos do século XXI e são hoje em
dia “parte integrante da nova paisagem mediática” (Scherer: 2009, p.30). Grosso modo, um blog é um sítio “actualizado com frequência com nova informação,
sobre um ou vários temas” (Dionísio & al, 2009: p.194) e capaz de
proporcionar uma maior interactividade através das reacções ao que é inserido
pelo autor. A sua arquitectura está preparada para que a última inserção colocada
pelo autor seja a primeira a ser vista por quem visita o blog. Por serem bastante económicos, permitirem um bom nível de
interactividade e tecnicamente serem fáceis de criar e manter, os blogs proliferam em várias áreas
temáticas, “o blogue permite a todos publicar, sem que tenham necessariamente
um editor ou a patente de gatekeeper”
(Granieri, 2006: p.31), criando, em alguns casos, uma vasta área de influência
e um espaço próprio ao qual se deu o nome blogosfera[18].
Conclusão
Os media assumem um papel de destaque não
só enquanto elementos formadores de opinião pública ou de mediação na relação
entre os cidadãos e os detentores de cargos políticos, mas acima de tudo, como
elementos constituintes do próprio ambiente político. Os novos media abrem espaço para a uma nova
lógica na Comunicação Política, onde os canais próprios do ‘homem político’ não
são suficientes. A mecânica interna dos media
origina e condiciona a actividade política numa constante adaptação e numa
necessidade de percepção de novas lógicas para melhor tirar proveito da
mediação que fazem.
O
crescimento do uso da Internet e, mais tarde, as capacidades de interactividade
trazidas pela Web 2.0, criaram uma
maior pressão à necessidade de adaptação e à utilização da Internet enquanto medium promotor de novas capacidades de
comunicação e agregador de novas audiências. Um dos elementos fundamentais para
a Internet ser o que é hoje, foi o facto dos seus desenvolvimentos se terem
verificado numa base de ambiente de liberdade, nunca abrangidos, como noutros
casos, por segredos militares ou intuitos comerciais. Esse ambiente permitiu
contributos vários para o desenvolvimentos da Internet e é um ponto basilar em
muitos dos temas discutidos na órbita da Internet, como os direitos de autor e
o recente caso Wikileaks.
Ao entrar
com tanto impacto no quotidiano das sociedades, a Internet provocou alterações
nucleares, que jamais poderão ser consideradas como passageiras. Na Comunicação
Política, abriu espaço para chegar e cativar novos segmentos, que de outra forma quase que era
inatingíveis. O caso das eleições norte americanas que levaram Barak Obama à
Casa Branca, são um exemplo da força deste novo medium e das capacidades comunicativas trazidas por este meio. Será
errado pensar que foi apenas a estratégia de usar a Internet, criando uma rede
social própria, e o aproveitamento máximo dos seus recursos, que levaram à
vitória de Obama. Mas certo, porém, será dizer que houve um grande contributo
da Internet para a vitória do primeiro homem de cor numas presidenciais norte
americanas. Não só conseguiu chegar a novos segmentos, como possibilitou a
captação de donativos e uma dinamização de apoiantes inimaginável até então. O
que funcionou nos Estados Unidos com a campanha de Obama, pode não funcionar noutro
países. A sociedade norte americana apresenta características muito próprias em
contexto eleitoral.
As formas de
estar presente na Internet são várias: sítios, banners, emails; redes
sociais, blogs, etc. Em Portugal as
eleições Legislativas de 2009 são um exemplo da presença em massa por parte das
estruturas partidárias na Internet. Por moda ou verdadeira crença nas
potencialidades da Internet, os principais partidos políticos criaram
estratégias próprias para a presença online.
Apesar dos investimentos e das potencialidade permitidas variarem de
organização para organização, a verdade é que a presença foi forte e em alguns
casos verificou-se a criação de páginas específicas para as eleições.
O verdadeiro
impacto destas ferramentas em qualquer área ainda está por medir. No caso da
Comunicação Política, o verdadeiro impacto só poderá ser avaliado quando a
geração digital, não os actuais jovens eleitores que migraram de uma geração
analógica para a digital, mas os que nasceram sobre a influência do mundo
digital, forem maiores de idade e poderem exercer o voto. Nota-se um
investimento por parte das organizações políticas nas novas tecnologias, mas
será apenas uma moda ou o impacto justifica os meios?
Referências
BALLE,
F., Os media, Campo das Letras. Porto,
2003.
CANEL,
M., Comunicación política. Un guía para
su estudio y práctica, Editorial Tecnos,
Madrid, 2006.
CARDOSO,
G., Os media na sociedade em rede,
Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 2006.
CASTELLS,
M., A galáxia Internet – Reflexões sobre
internet, negócios e sociedade, Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 2007.
CASTELLS,
M. & HIMANEM P., A sociedade da
informação e o Estado-providência – O modelo finlandês, Fundação Calouste
Gulbenkian. Lisboa, 2007a.
DIAMOND,
E. & BATES, S., The Spot, MIT Press.
Cambridge-Massachusets, 1984.
DIONISIO,
P. et al, B-mercator –Blended marketing, Dom Quixote. Lisboa, 2009 .
GRANIERI, G., Geração
blogue, Editorial Presença. Lisboa, 2006.
JUNQUEIRA,
R., A idade do conhecimento, Editorial
Notícias. Lisboa, 2002.
LIBERT,
B. & FAULK, R., Obama – Os segredos
de uma vitória, Centro Atlântico. Vila Nova de Famalicão, 2009.
LINDON,
D., et al,
Mercator XXI – Teoria e
prática do marketing, Dom Quixote. Lisboa, 2009.
LINDON,
D., Le marketing politique, Daloz.
Paris, 1986.
MACNAIR,
B., An Introduction to Political Communication, Routledge. London,
1995.
MARSHMENT,
J., Political Marketing – Principles and
Applications, Routledge. New York, 2009.
MEADOW,
R., Politics and Communication, Ablex
Publishing. Norwood, 1980.
MERCIER,
A., Presentations générale – Repérage de la communication politique. Em Mercier, A., La communication politique. Paris: Les essentiels d’
Hermès, 2008, pp 7-27.
ROSA,
António M., Internet – Uma história, Edições Universitárias Lusófonas.
Lisboa, 2003.
ROSA, António M., A comunicação e o
fim das instituições. Das origens da imprensa aos novos media, Edições Universitárias Lusófonas. Lisboa, 2008.
SAIZ,
Francisco J. B., Marketing político, Pirámide.
Madrid, 2007.
SCHERER,
E., La revolution numérique, Dalloz.
Paris, 2009.
SENDIEN, A., “New Media: conteúdos e redes digitais”. Em: Media, Redes e Comunicação – Futuros
Presentes. Lisboa: Quimera, 2009,
pp. 147-153.
SOUSA,
S., Tecnologias de informação- O que são?
Para que servem?, FCA-Editora de Informática. Lisboa, 2009.
Stromback, J., “Political Marketing and Professionalized Campaigning: a Conceptual
Analysis”. Em Journal of Political Marketing, 2007, Vol. 6, No. 2 & 3, pp. 49-67.
WOLTON,
D., “Communication politique: construction d’un modèle”. Em Mercier, A., La communication politique. Paris: Les essentiels d’ Hermès, 2008,
pp 29-52.
WOLTON,
D., E depois da Internet?, Difel.
Lisboa, 2000.
[1] Trabalho apresentado no
GT de Comunicação e Política do VII Congresso SOPCOM, realizado de 15 a 17 de
Dezembro de 2011.
[2] Jorge Bruno da Costa
Ventura. Mestre em Ciências da Comunicação, Marketing e Publicidade na especialidade em Marketing,
Professor na Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e tecnologias da
Informação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Email:
j28ventura@hotmail.com
[3] Consultar o artigo de James Stromback (2007) com o título Political Marketing and Professionalized
Campaigning: A Conceptual Analysis no volume 6 do Journal of Political Marketing. Neste artigo o autor apresenta 3
lógicas que acompanharam a evolução do Marketing Político: uma primeira onde a
comunicação estava alicerçada nos meios próprios das organizações, uma segunda
lógica associada aos media e ao seu
uso, e uma terceira lógica, a actual, baseada nos conceitos do Marketing.
[4] Manuel Castells no seu livro A
Galáxia Internet – Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade (Fundação
Calouste Gulbenkian, 2007) dedica o segundo capítulo à ‘cultura Internet’.
[5] TCP-IP são as iniciais de Transmission
Control Protocol – Internet Protocol. Foi inventado em 1973 por Robert
Kahn. Para um conhecimento mais aprofundado sobre as características do
protocolo TCP-IP destacamos as seguintes edições: Douglas E. Comer, Internetworking with TCP/IP – Principles,
Protocols and Architecture – 5ª ed. (Prentice Hall, 2005); Behrouz Forouzan, TCP/IP Protocol Suite (McGraw-Hill, 2003) e Thomas Maufer, IP Fundamentals (Prentice Hall, 1999).
[6] Na lingua russa ‘Sputnick’ significa ‘companheiro de viagem’, e foi com
este nome que os soviéticos baptizaram a primeira série de satélites
artificiais terrestres. O primeiro satélite a ser lançado foi o ‘Sputnick I’,
no dia 04 de Outubro de 1957, que
pesava 83,6kg’s e orbitou na terra durante três meses. O Segundo satélite a ser
lançado, o ‘Sputnick II’ era bem mais pesado que o seu antecessor (508 Kg’s),
foi lançado um mês mais tarde e transportou o primeiro ser vivo a estar em
orbita, a cadela Laica.
[7] O Packet switching é um algoritmo de comunicação digital em rede que
agrupa todos os dados transmitidos
- independentemente do conteúdo, tipo ou estrutura - em blocos de
dimensões adequadas, chamados de pacotes.
Ao percorrer os network adapters,
switches, routers, e nós da rede os pacotes são colocados em fila, sendo o
tempo de transferência relativo com a carga de tráfego na rede. Remetemos para
o livro de António Machuco Rosa, Internet
– Uma história (Edições universitárias Lusófonas, 2003) o aprofundamento
das questões relativas ao packet-switching.
[8] Em 1971 a Arpanet tinha 14 nós,
e em 1975, 61 nós.
[10] Sistema de
documentos de hipertexto interligados com acesso através da Internet. Com um
navegador de Internet, pode-se
visualizar as páginas web que podem
conter texto, imagens, vídeos e multimédia e navegar entre eles através de hiperlinks
[11] É uma aplicação de software
que permite a consulta e a navegação na Internet
interagindo com textos, fotos, vídeos, jogos e outros conteúdos localizados
numa sítio de Internet. Os mais
utilizados são: Internet Explorer, da
Microsoft; Firefox, da fundação
Mozilla, Safari, da Apple e o Chrome, da Google.
[13] Alusão ao escritor
francês André Malraux, que
nasceu em Paris a 03 de Novembro de 1901 e faleceu em 1976. Para além de grande
escritor, dedicado aos temas dos assuntos políticos e culturais, foi também um
pensador marcante da época e participou activamente da resistência francesa durante a
ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Hanah Arendt num ensaio
sobre as contribuições europeias contemporâneas para a filosofia política
discute a obra de Malraux. Foi amigo pessoal de Charles De Gaulle. Os
franceses prestaram homenagem à sua figura enterrando o seu corpo no Panteão de Paris,
local destinado a personalidades notáveis da França.
[14] Na tentativa de privatizar a Arpanet, Larry Roberts, Director do
IPTO, ofereceu a hipótese, que a AT&T recusou devido à sua forte
dependência para com o analógico, de ter a responsabilidade operativa da rede. Antes disso os Serviços
Gerais dos Correios dos Estados Unidos recusaram a proposta de criação de uma
rede nacional de comunicações por computador, projecto que teria precedido a Arpanet.
[15] Os resultados são baseados nas
conclusões do inquérito pós-eleitoral - uma pesquisa de acompanhamento diário
sobre o uso dos americanos da Internet. Os resultados apresentados são baseado
em dados de entrevistas
telefónicas em lares dos Estados Unidos realizadas pela Princeton Survey Research Associates International entre 20 de
Novembro e 04 de Dezembro de 2008 numa amostra de 2,254 adultos, com mais de 18
anos de idade. Para os resultados com base na amostra total o índice de
confiança é de 95%, sendo o erro de amostragem e outros efeitos aleatórios de
mais ou menos 2,4%.
[16] Projecto totalmente independente da Pew
Research Center que visa o estudo do impacto da Internet na sociedade.
[17] Em itálico surgem itens que foram acrescentados pelo autor.
[18] A expressão Blogoesfera entende todos os blogs como
se de uma comunidade
se tratasse. Usado pela primeira vez em 1999 por um publicista chamado Brad L. Graham, quem o popularizou, três anos depois, foi William Quick,
responsável pelo blog Daily
Pundit (http://dailypundit.com/)
que originou que a expressão fosse adaptada por exemplo por programas
americanos de grande audiência como o Morning Edition da National Public Rádio.
Sem comentários:
Enviar um comentário